Moïse Kabagambe era um imigrante congolês, de 24 anos, que chegou ao Brasil ainda criança, ao lado da mãe e dos irmãos. A família fugia da violenta guerra em seu país e buscava do outro lado do Atlântico uma vida melhor e com mais oportunidades. Moïse Kabagambe, estudou, cresceu e se estabeleceu por aqui e talvez tenha tido laços mais fortes com a cidade do Rio de Janeiro, onde morava, do que com seu país de origem. Mas foi em terras brasileiras, no município que o acolheu, que Moïse Kabagambe perdeu a vida para a estúpida e inexplicável violência que faz mais vítimas dia sim, dia também. Violência da qual ele tentou fugir, mas não conseguiu.
As imagens do jovem congolês sendo covardemente espancado por cinco homens já circulam por vários meios de comunicação. E chocam, tamanha a selvageria. Os motivos que levaram à horrenda agressão contra Kabagambe, sejam quais forem, também não justificam uma atitude completamente desproporcional. Tudo isso escancara o racismo tão presente em nossa sociedade.
Sim, precisamos e devemos tratar o crime contra Moïse Kabagambe, um jovem negro e imigrante, como crime de racismo que, aliás, é bem mais recorrente do que possa parecer ou se noticiar. O preconceito nos cerca por todos os lados e de todas as formas, mas só chegam ao conhecimento público quando a situação é estarrecedora.
O caso de Moïse, ou de João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte por dois homens em uma loja do Carrefour em Porto Alegre, ou do músico Evaldo dos Santos Rosa, morto após o carro onde ele estava com sua família ser alvejado por 80 tiros disparados por militares do Exército, mostram justamente isso. Reações desproporcionais e sem fundamentos que chocam e revoltam. Mas acredite, as vítimas diárias do mesmo tipo de crime são incontáveis Brasil a fora.
Acabar com esse problema é complicado, mas devemos fazer nossa parte, cobrando justiça, denunciando episódios de racismo e ficando mais atentos sobre nossas ações, pois não é possível mais aturar situações como essa.
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